1.8.10

Relembre um dos mais emocionantes Cruzeiro X Atlético - MG

Campeão pelo Cruzeiro em 2003, Luxemburgo agora é treinador do Atlético, e acha que vai ganhar alguma coisa nesse time igual ganhou no Cruzeiro.
Há 43 anos, Cruzeiro e o Atlético-MG protagonizaram um dos maiores choques entre ambos na história, em duelo que valia pelo Campeonato Estadual de 1967, no dia 26 de novembro. Belo Horizonte parou para ver o empate por 3 a 3, que quase terminou com uma heróica virada cruzeirense no último minuto.

O clube celeste vivia um período de ascensão. A equipe lutava pelo tri mineiro, mas batia de frente com o time do Atlético-MG, então o mais forte do Estado. Uma vitória no clássico daria ao clube alvinegro o troféu estadual de volta e, por isso, o duelo prometia.

O time atleticano tinha uma vantagem de cinco pontos na tabela. Já o rival celeste possuía um time com Piazza, Dirceu Lopes, Raúl Plassmann e Tostão, mas não contava com a lesão de seu maior craque logo no início do duelo, que contava com 90.838 pessoas no Mineirão.

"Eu acabei me machucando e tive que sair bem no início", contou Tostão, em entrevista exclusiva à reportagem do Terra.

O Cruzeiro sentiu o baque e o Atlético aproveitou. Foi para cima e logo ia despachando o arquirrival com um imponente 3 a 0, com dois gols de Lacy e um de Ronaldo, e era campeão mineiro até os 15min do segundo tempo.

A equipe celeste acordou e Natal fez dois tentos em três minutos, diminuindo o placar e comandando a reação cruzeirense.

A fanática torcida alvinegra se calou e a nação celeste cresceu. Não demorou para Piazza empatar, aos 30min do segundo tempo, em cobrança de pênalti sofrido por Dirceu Lopes. Era o sonho atleticano virando pesadelo a cada minuto.

"Lembro que o Cruzeiro foi buscar. Conseguiu empatar e, no final, o Zé Carlos bateu uma falta no travessão. Quase viramos...", lembrou Tostão, que assistia a tudo de fora.

De fato, quis o destino que esse chute, que aconteceu aos 44min da etapa complementar, explodisse na trave e não desse a histórica virada ao time cruzeirense.

Mesmo assim, o empate foi o suficiente para que o clube celeste arrancasse e conseguisse chegar ao inesperado tricampeonato estadual que, em dois anos, virou penta. Começava aí a hegemonia do Cruzeiro em Minas Gerais, que entre 1965 e 1975 conquistou nada menos do que nove Campeonatos Mineiros.

Confira a ficha do hitórico Cruzeiro e Atlético de 1967

Atlético 3 X 3 Cruzeiro
Data: 26/11/1967
Local: Minas Gerais
Estádio: Mineirão
Público: 90.838 pagantes
Competição: Campeonato Mineiro
Arbitro: Ethelvino Rodrigues
Expulsão: Procópio (Cruzeiro)
Atlético: Hélio; Canindé (Dilsinho), Vânder, Grapete e Décio Teixeira; Vanderlei Paiva e Amauri Horta; Buião, Ronaldo, Lacy e Tião - Tec: Fleitas Solich.

Cruzeiro: Raul; Pedro Paulo, Victor, Procópio e Neco; Piazza e Tostão (Zé Carlos); Natal, Evaldo, Dirceu Lopes e Hilton Oliveira - Tec: Orlando Fantoni.
Gols: Atlético-MG - Primeiro tempo: Lacy (21'), Ronaldo (39'); Segundo tempo: Lacy (15)

Cruzeiro - Segundo tempo: Natal (16' e 18') e Piazza (30').

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